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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

NARRATIVA MULTIFORME

6º exercício


A ideia do sexto exercício da disciplina é criar uma narrativa multiforme em uma autoria procedimental . Para tanto , utilizamos o conto da branca de neve a contamos de uma forma um pouquinho diferente .

por : Bruna villete e Gabriel ferreira



terça-feira, 8 de novembro de 2016

5 exercício - o manual do copyleft

5º exercício - trabalho em grupo

Manual do Copyleft 

Sobre o capítulo :Licenças livres e criação audiovisual por Maria Concepción Cagide e Nerea Fillat Oiz



segunda-feira, 26 de setembro de 2016

III Exercício - uma (im)possível conversa entre Jobs e Stallman

A proposta do terceiro exercício da disciplina é criar um vídeo em stop motion , em grupo , resultado de uma possível situação entre Steve Jobs e Stallman , formulada em sala e desenvolvida no vídeo. Espero que gostem !


Carta realizada por seis mãos


Stallman está ao computador desenvolvendo seu mais novo software aberto e, não mais que de repente, em sua tela soa o despertar do seu Skype. Stallman, curioso, escapa do seu trabalho para atender a chamada. Uma enorme maçã repleta de vermes se abre na tela e, de dentro dela, surge Jobs feito uma medusa com a cabeça coberta por vermes.

Stallman estremece.

Jobs pisca de um olho só: 
- Soube que se alegrou em saber da minha morte, que está feliz em pensar que o mundo pode estar livre da minha influência malígna sobre a computação pessoal. 
Stallman estatelado desliga o Skype. Vermes fogem pelos teclados.  Vai ao banheiro para lavar o rosto e vermes o cercam após a saída pela torneira. Então, foge para a cozinha, abre a geladeira para  pensar e, na gaveta das frutas, milhões de vermes saem das maçãs que seriam a sobremesa do almoço. Tenta ligar para a emergência, mas seu Android explode.


confira o vídeo :



por : Andre Fraga , Susanna Kruger , Bruna Villete , Lais Carballal , Gabriel Ferreira e Gabriel Castro.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

RIZOMA



1º EXERCÍCIO  -  O LIVRO DO DESASSOSSEGO E O CONCEITO DE RIZOMA


Um pouco sobre os princípios 

1 ° e 2° - Princípios de conexão e de heterogeneidade: qualquer ponto de um rizoma pode ser conectado a qualquer outro . É muito diferente da árvore ou da raiz que fixam um ponto, uma ordem. Num rizoma, ao contrário, cada traço não remete necessariamente a um
traço lingüístico: cadeias semióticas de toda natureza são aí conectadas a modos de codificação muito diversos, cadeias biológicas, políticas, econômicas, etc., colocando em jogo não somente regimes de signos diferentes, mas também estatutos de estados de coisas.

3° - Princípio de multiplicidade: é somente quando o múltiplo é efetivamente tratado como substantivo, multiplicidade, que ele não tem mais nenhuma relação com o uno como sujeito ou como objeto, como realidade natural ou espiritual, como imagem e mundo. As multiplicidades
são rizomáticas e denunciam as pseudomultiplicidades arborescentes. Inexistência, pois, de unidade que sirva de pivô no objeto ou que se divida no sujeito. Inexistência de unidade ainda que fosse para abortar no objeto e para "voltar" no sujeito.

4° - Princípio de ruptura a-significante: contra os cortes demasiado significantes que separam as estruturas, ou que atravessam uma estrutura. Um rizoma pode ser rompido, quebrado em um lugar qualquer, e também retoma segundo uma ou outra de suas linhas e segundo outras linhas. Todo rizoma compreende linhas de segmentaridade segundo as quais ele é estratificado, territorializado, organizado, significado,atribuído, etc.; mas compreende também linhas de desterritorialização pelas quais ele foge sem parar.

5° e 6° - Princípio de cartografia e de decalcomania: um rizoma não pode ser justificado por nenhum modelo estrutural ou gerativo. Ele é estranho a qualquer ideia de eixo genético ou de estrutura profunda. Um eixo genético é como uma unidade pivotante objetiva sobre a qual se
organizam estados sucessivos; uma estrutura profunda é, antes, como que uma seqüência de base decomponível em constituintes imediatos, enquanto que a unidade do produto se apresenta numa outra dimensão, transformacional e subjetiva.

 
 DELEUZE E GUATTARI SOBRE O CONCEITO DE RIZOMA



O modelo de rizoma criado por Felix Guattari e Gilles Deleuze na introdução à obra Capitalismo e esquizofrenia: Mil Platôs é uma tentativa de estabelecer uma crítica às teorias fundamentalistas sobre o conhecimento , no qual predomina um viés linear , uniforme e hierárquico de compreender o mundo .A ideia principal que permeia os princípios do rizoma é que o conhecimento ocorre e deve ocorrer de forma plural, onde não há um caminho único nem pré estabelecido a ser percorrido , não há uma regularidade e nem pontos de partida nem de chegada. O modelo rizomático - nome extraído da botânica onde um caule possui várias raízes originadas de qualquer ponto do caule e que de cada extensão das raízes pode-se nascer uma ou várias novas raízes- propõe um sistema que  democratiza e incentiva novas formas assimilação , criando novas saídas ou , saída nenhuma . A seguir , proponho uma análise do livro do desassossego de Bernardo Soares em uma tentativa de leitura a partir dos conceitos de Guattari e Deleuze.


Trecho do livro do desassossego :





        O livro do desassossego de Bernardo soares , um dos heterônimos de Fernando Pessoa , é um passeio na mente de um narrador que não narra , mas deixa à mostra um fluxo de (in)consciência  dos mais delirantes onde nem sempre há um sentido a ser compreendido ou uma tentativa de contar alguma história. No trecho que observamos acima,há uma construção e uma desconstrução a cada momento : " talhar um caminho na vida e depois agir contrariamente a esse caminho " o que nos leva a pensar que a ideia é não seguir caminhos , mas pensá-los de uma forma e ir exatamente para outro lado.Quando se propõe comprar livros para não os ler e ir a concertos para não ouvir as músicas , rompe-se com um modelo lógico e dá início a um movimento de resistência que vai criar outros caminhos e outras consequências . É por esse caminho que Deleuze e Guattari desejam uma nova forma de pensar o conhecimento e o mundo . Sem princípios , meios e fins , mas uma reverberação dos meios , uma conexão que encaminha outras conexões e dessa forma enriquece o processo , cria linhas de fuga diversas e maximiza o poder da compreensão.


BIBLIOGRAFIA :


DELEUZE, G. e GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. vol.1. 2 ed. São Paulo. Editora 34, 2011.

PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego / por Bernardo Soares. Intro e org. Richard Zenith. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.